11 de março de 2011

A verdade sobre os CONTOS DE FADAS (PARTE II)


Próxima sexta-feira: mutilação e muito sangue nos contos de fadas.
Nesta semana a seção Contos de Fadas traz a verdade sobre A Bela Adormecida.

            Com uma farpa encravada debaixo de sua unha, a bela cai desacordada em sua cama. É aí que começa o pesadelo da jovem adormecida. O príncipe, nem um pouco encantado, é um anão e, quando vê a adolescente dormindo, sente prazer por ela. Não rendendo-se a qualquer bom modo que um príncipe do bem teria, ele estupra a garota e acaba deixando-a ali, mesmo: adormecida e grávida.
            Mês vai, mês vem, e o príncipe continua fazendo visitinhas – se é que você entende - à sua amada, que acaba dando a luz aos seus filhos ali, mesmo: na solidão de sua cama. E adormecida, vale constar. O seu sono só chega ao fim quando um de seus dois filhos recém nascidos chupa o sangue de seu dedo, a procura de leite, e acaba tirando a farpa que ali estava presa.
            Numa visita ocasional à amada, o príncipe descobre que ela está acordada e a pede em casamento – pelo menos isso. Mas não, essa não é – ainda – a hora do “felizes para sempre”. Com o casal morando junto no castelo, a sogra da bela acordada aproveita-se da situação e tenta comer vivos tanto sua nora quanto os dois filhos dela. O príncipe descobre o plano e ordena o assassinato da sua própria mãe. Isso, sim, é um verdadeiro conto de fadas.


Clique aqui para ler a parte I da seção Contos de fadas.


9 de março de 2011

O campeonato de sexo - quase - de verdade

  
              Há quem se preocupe com a miséria sexual. Para estes, o Air Sex World os permite, de certa forma, abordar as relações sexuais de uma maneira criativa e bem humorada. Trata-se de um campeonato norte-americano que o participante finge uma relação sexual ou masturbação com um parceiro imaginário. Sempre encenando um orgasmo no final, o competidor pode tanto encenar um momento de prazer que já lhe aconteceu, ou algo fictício. A criatividade é o que vale, contanto que o ator mostre como ele fez ou gostaria de fazer.
                O participante, além de ser desinibido, precisa ser ágil: tem apenas dois minutos para mostrar seus dotes eróticos imaginários. Mas não precisa ser tão sem vergonha assim, já que é ficar despido é proibido – ainda. Apesar disso, são poucas as regras que o campeonato possui como a simulação do clímax sexual no final das apresentações e a escolha, pelo competidor, de uma música como plano de fundo.
                O julgamento é sempre feito por artistas famosos, músicos, humoristas e juízes do próprio campeonato  - vale ressaltar que estes últimos têm que entender muito sobre o assunto – e na última rodada, a escolha do vencedor fica a critério do público. A premiação do campeonato local pode ser tanto uma vaga na competição regional quanto mundial do Air Sex World. Os prêmios só não são uma noite com uma Juliana Paes ou Reynaldo Gianecchini porque o sexo da competição é irreal... e o parceiro também.



Para acessar o site oficial do Air Sex World, clique aqui.

4 de março de 2011

A verdade sobre os CONTOS DE FADAS

            Sexo, fome e violência não são as melhores palavras para definir contos de fadas, certo? Errado. Há séculos atrás, mais precisamente no 16, historinhas como a da gata borralheira e da jovenzinha de chapéu vermelho que você conhece não eram coisa de criança. A Cinderela sofria assédio sexual do seu pai, Chapeuzinho Vermelho fazia strip-tease para o lobo mau e o príncipe de A Bela Adormecida era um anão pervertido.
            No século 16, fome, pobreza e violência faziam parte do cotidiano das pessoas. Os camponeses trabalhavam sem descanso e, como uma forma de distração, contavam histórias. Elas sempre tinham como moral algo relacionado ao contexto histórico da sociedade de quem as contava. Daí surgem contos como Chapeuzinho Vermelho e João e Maria. Ainda nesta época, não havia diferença entre crianças, jovens e adultos: todos agiam, dividiam tarefas, falavam e faziam coisas em geral da mesma forma. Isto explica o caráter de várias personagens.
            As historinhas ingênuas e puras que sua mãe contava para você surgiram apenas no século 18. Bondosos e preocupados com o futuro das novas gerações, escritores como Charles Perrauld e Jacob e Wilhelm Grimm reuniram várias versões dos contos e os reescreveram, sendo fieis aos traços culturais de sua realidade e sem que houvesse relatos de estupro, canibalismo e exibicionismo.
            O que acontece, na verdade, é que os contos de fadas sofreram as mudanças conforme iam sendo contadas em diferentes sociedades e épocas, sendo adaptadas às situações, culturas e ouvintes. Isso não induz ao pensamento, porém, de que as histórias perderam a sua graça e originalidade. Afinal, há quem goste da narrativa infantil dos três porquinhos, mas também há quem conte os detalhes picantes do conto original de Chapeuzinho Vermelho.

            Com direito a strip-tease e assassinatos, a original história da Chapeuzinho vermelho – que, na verdade, não vestia chapéu algum – mostra que os franceses do século 18 não tinham medo de mexer com tabus. O lobo matava a vovó, fatiava a sua carne e enchia uma garrafa com o seu sangue, que mais tarde ofereceria para Chapeuzinho. Depois da “refeição”, o lobo obriga Chapeuzinho a despir-se e deitar-se com ele. “O que eu faço com meu vestido?”, perguntou a jovenzinha. Não, ela não hesitou em tirar suas vestes. “Jogue na lareira. Você não precisará mais disso”, respondeu o lobo. E assim continuou a conversa a cada peça de roupa que Chapeuzinho tirava.
Sem perguntar para quê servia os olhos, orelhas e nariz do vilão, a garotinha sente os notáveis pêlos do lobo e dizia algo como “Nossa, vovó, como a senhora é peluda!”, e ele respondia “É para te aquecer, netinha”. Também falava de suas unhas compridas e de seus ombros, sempre com um tom sensual. Até que Chapeuzinho diz as suas últimas palavras: “Vovó, que dentes grandes a senhora tem!”. E então, sem caçador para resgatar as vítimas, o lobo finaliza o conto com um “São para te comer” e devora violentamente a menina.

A moral do conto vai muito além da abordagem do estupro e do incesto da França no século 16. Chapeuzinho vermelho representa os seus anseios e curiosidades sexuais de qualquer pré-adolescente, também cheio de ingenuidade. Já o lobo mau retrata o homem, ou por que não mulher, mal intencionado sexualmente. É uma realidade que atravessou gerações.


Próxima sexta-feira: estupro e canibalismo nos contos de fadas.

2 de março de 2011

Espetáculo bizarro


            Malabaristas, palhaços e animais treinados são atrações típicas dos circos atuais, mas a realidade era outra há anos atrás. Em 1887, nos Estados Unidos, surgiu o Barnum and Bailey Circus, um show de aberrações que divertia e aterrorizava o respeitável público. Eram aberrações e anomalias humanas das mais raras e diversas, vindas de diversas partes do mundo. Ah, e claro, os charlatões também tinham o seu lugar.
            Você, que se encontra impossibilitado de voltar ao tempo e presenciar o show, ou simplesmente ver as aberrações na esquina da sua casa, contente-se com os relatos de O contador de odisséias sobre as maiores atrações dos espetáculos circenses dos séculos XIX e XX.


A MULHER DE QUATRO PERNAS
        Josephine Myrtle Corbin nasceu com dipygus, uma anomalia que consiste em ter duas pélvis separadas lado a lado. Melhor dizendo: haviam duas pernas extras. Isso aconteceu pelo impossível desenvolvimento de sua irmã siamesa, fazendo com que suas pernas não se separassem da forma ideal. Josephine ficava de pé com as duas pernas do meio, mas elas não podiam agüentar o peso do corpo por muito tempo. 




O HOMEM LAGARTO
Enrolava e fumava cigarros, escrevia, pintava e se barbeava. Isso tudo sem os seus membros inferiores e superiores! Não é de surpreender que Prince Randian atraísse tantos espectadores no circo de PT Barnum. Conhecido como ‘homem lagarto’, Radian vestia uma roupa de lã, que mais parecia uma meia gigante, e em suas apresentações, contorcia-se para locomover-se, aumentando o seu aspecto de anelídeo, já que se parecia com uma minhoca. E para completar a sua surpreendente história de vida, o sujeito ainda teve uma esposa e cinco filhos. Animal (no amplo e literal sentido da palavra)!
 


A MULHER CAMÊLO
        Não, ela não foi a musa inspiradora do Curupira, mas muitos fazem a ligação entre a personagem e esta sublime mulher. A diferença é que, além de Ella Harper locomover-se através de seus membros superiores e inferiores, eram os seus joelhos que ficavam para trás, e não os pés. A deformidade fez de Harper uma das maiores atrações do W. H. Harris’s Nickel Plate Circus. Alguém duvida?
 

 CABEÇA DE ALFINETE
Schlitzie fez sucesso em vários circos em meados de 1925, chegando, posteriormente, a encenar em filmes. A razão de toda essa fama foi a sua microcefalia, uma doença responsável pela formação de um cérebro minúsculo, sua miopia e seu retardo mental acentuado.
  



 


O REI LEÃO
       Stephan Bibrowsky nasceu com uma doença chamada hipertricose. Com apenas 50 casos documentados ao redor mundo, a doença causa excesso de pêlos em todo o rosto do portador. Assim, Bibrowsky ficou conhecido como o “homem com cara de leão”. Famoso na Europa, o jovem viajava e fazia shows, mas sua intenção não era apenas mostrar a sua característica ímpar, mas fazer com que as pessoas vissem que apesar da sua anomalia, era capaz de ser dotado de inteligência e de poder falar até cinco idiomas

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