Tão permanente como a já tradicional tatuagem, porém mais dolorosa que ela, a escarificação consiste em cortar ou queimar a pele na forma de um desenho. Esta técnica de modificação do corpo atinge um aspecto tridimensional, já que ela é, em sua essência, uma cicatriz. Após isto, a ferida precisa ser irritada para forçar o crescimento do tecido de granulação. Quanto mais a ferida for "agitada", melhor o resultado e mais alto o relevo da cicatriz. Cicatriz esta que levará não menos que seis semanas para acontecer, ainda que o desenvolvimento do tecido queloidal demore meses.
Muitos escolhem a escarificação para marcar seu corpo como forma de simbolizar uma passagem de sua vida, um estado de espírito, uma crença, ou mesmo estética. Comum em tribos da África Ocidental, homens e mulheres utilizam o método para expor a sua identidade, desejos e acontecimentos especiais como casamentos e a chegada da puberdade. Além disso, certas tribos originárias do norte de Gana utilizam o método como uma forma de curar doenças como pneumonia e convulsões.
O método, que chegou ao Brasil há cerca de apenas dez anos, ainda não tem muita popularidade no país e o número de profissionais na área é limitado. Sua maior aceitação é em países e locais que apresentam maiores índices de doenças infecciosas, o que pode indicar falta de higiene e inapropriada esterilização dos equipamentos utilizados em estúdios.


